quinta-feira, 31 de outubro de 2013

RÁDIO: Agricultura urbana: mais uma opção para produção de alimentos

Um trabalho com agricultura urbana vem sendo desenvolvido pelo pesquisador Alberto Feiden, da Embrapa Pantanal (Corumbá – MS) desde 2006 para atender às solicitações de um grupo de 30 horticultores de Corumbá, responsáveis pelo abastecimento de boa parte da produção de hortaliças folhosas para o mercado local. Durante o Prosa Rural, o pesquisador aborda a utilização de espaços urbanos para a produção agroecológica e apresenta os conceitos básicos que envolvem a agricultura urbana.
Segundo Feiden, a expressão é utilizada para se referir a cultivos de espécies vegetais de interesse em áreas localizadas dentro da cidade, com fins de consumo próprio ou para venda em mercados e feiras locais. A diversidade de culturas e o fato das áreas potencialmente produtivas encontradas em cidades estarem situadas em espaços fortemente modificados pelo homem são fatores que podem gerar problemas quanto ao uso de tecnologias. Assim, a adoção de um modelo de produção agroecológico é o mais indicado para a prática da agricultura urbana.
“No programa vamos enfatizar o uso da agroecologia como a base tecnológica para a agricultura urbana, em que a reciclagem de nutrientes é a principal prioridade. Desta forma, o processo da Embrapa Pantanal propõe a utilização de consórcios, rotações, diversificação de cultivos, busca de auto-suficiência em nitrogênio por meio da fixação biológica e uso de leguminosas; a integração entre produção animal e vegetal e adubação alternativa com a reciclagem de resíduos orgânicos disponíveis com a produção de composto orgânico, por exemplo; entre outras práticas. Além disso, vamos mostrar o potencial dos produtos da agricultura urbana para o atendimento da população local e os cuidados necessários para se produzir alimentos de qualidade,” acrescenta o pesquisador.
O Prosa Rural traz ainda o depoimento do produtor Keis Pinheiro Sales que trabalha com agricultura urbana há dezoito anos, produzindo e vendendo hortaliças em Corumbá e, em novembro de 2006 resolveu adotar a agricultura urbana agroecológica. E traz ainda a receita de e um peixe à urucum.

Água de chuva para incremento da alimentação nas escolas rurais

Hábitos inadequados ou mesmo a pequena oferta de frutas e verduras nos mercados e feiras locais, são algumas das causas da ausência desses produtos na merenda de escolas situadas em áreas rurais do Nordeste. Sem elas, os estudantes deixam de ingerir os nutrientes apontados como necessários pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Um problema e tanto que os pesquisadores da Embrapa Semiárido propõem suprir essa carência com a instalação, nas escolas, de cisternas voltadas exclusivamente para a produção de alimentos. Os técnicos da instituição vão estender para a área da educação rural uma experiência bem sucedida em propriedades de agricultores familiares de todo Semiárido.
Com uma cisterna capaz de armazenar 16 mil litros de água de chuva e a instalação de um sistema simplificado de irrigação por gotejamento, consegue-se o bastante para ter, no quintal da casa, um pomar com 36 fruteiras e ainda cultivar hortaliças.
Em Barreiros, zona rural do município de Petrolina (PE), uma estrutura dessa fez o agricultor Alírio Gomes colher, ao longo do ano, 214 kg de acerola e 125 kg e mamão. Em outro trabalho feito no Campo Experimental da Caatinga, na Embrapa Semiárido, os pesquisadores registraram produção de 68 kg de pimentão, 84 kg de cenoura, 31 kg de berinjela, além de 76 pés de alface e 180 molhos de coentro.
No trabalho a ser executado junto às escolas, as cisternas vão ser maiores, para acumular 52 mil litros de água.
A capacidade de produção será, então, bem maior. Poder colher e consumir frutas e verduras frescas é uma garantia de qualidade à alimentação servida aos alunos, mesmo nos meses mais secos, como afirma a pesquisadora Luiza Brito, da Embrapa Semiárido. É Ela quem coordena o projeto “Contribuições para a melhoria da diversidade dos alimentos nas escolas rurais do semiárido brasileiro no âmbito do P1+2”.
Saiba mais sobre a importância da Água de chuva para incremento da alimentação nas escolas rurais ouvindo o Prosa Rural, o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Alimentação e Nutrição do Frango de Corte

Nutrientes 

É necessário a distinção entre nutrientes, ingredientes, dieta e ração.

Nutrientes são as substâncias proporcionadas pelos ingredientes que compõem uma dieta, que, consumida em determinada quantidade, se diz ração. Os nutrientes essenciais são divididos em categorias que incluem os aminoácidos (proteína), minerais, vitaminas, ácidos graxos e água. As gorduras, carboidratos e também os aminoácidos proporcionam a energia da dieta, que mesmo não sendo nutriente e sim um componente da dieta é fundamental ao metabolismo e crescimento animal. Os nutrientes e energia podem ter disponibilidade variável de acordo com a fonte da matéria prima que os fornece. Muito poucos ingredientes de uma dieta apresentam 100% de disponibilidade do nutriente e isso pode ser devido a vários fatores inerentes ao ingrediente fibra dietética, toxinas, fatores antinutricionais, processamento e ao estado fisiológico e sanitário do animal. Os frangos exigem uma certa quantidade de nutrientes e de energia na dieta para alcançar um performance máximo, não necessariamente o máximo lucro. Certas situações podem ser favoráveis ao menor preço dos ingredientes e (ou) do kg vivo e, portanto, ajustes devem ser feitos para a melhor estratégia de alimentação para um dado momento. 

Aminoácidos 

Os aminoácidos dos ingredientes que compõem a dieta são as unidades mínimas de construção da proteína animal. Existem cerca de 22 aminoácidos, mas somente 10 são essenciais, precisando ser fornecidos em quantidades adequadas na dieta. Se algum desses estiver em deficiência na dieta a ave não crescerá satisfatoriamente. Há uma seqüência de prioridades entre os aminoácidos da dieta e aí estabeleceu-se um conceito de balanço ideal de aminoácidos na dieta, que convencionou-se chamar de proteína ideal. Formular uma dieta com base na proteína ideal significa suprir o mínimo, mas equilibrada quantidade de aminoácidos na dieta para obter o melhor crescimento. Esse balanço naturalmente depende da disponibilidade dos aminoácidos nos ingredientes e deve ser considerado na formulação das dietas. A disponibilidade dos aminoácidos varia segundo fatores como a proteína do ingrediente, tipo da fibra, fatores antinutricionais presentes, processamento (temperatura, pressão), metodologia de estudo e fase de vida do animal.
Energia 

A energia tem sido expressa em Calorias (cal) ou Joules (J) ou seus múltiplos de 1000, que são a kcal e o kJ. Por exemplo, cada kg de milho contém cerca de 3300 Kcal de energia metabolizável (EM) e o farelo de soja 2400 kcal de EM/kg. Em geral, assume-se a energia como um componente restritivo da dieta, sendo alto o seu custo para a formulação da dieta. Os ingredientes precisam ter boa energia para suprir a exigência animal e, freqüentemente, busca-se diminuir a energia da dieta para diminuir o custo da mesma, claro sem prejuízo no performance dos frangos. A energia é exigida em quantidades diferentes por várias razões, entre as quais o sexo, a fase produtiva, a condição ambiental a capacidade digestiva e a quantidade de ração consumida por dia.

Ácidos Graxos 

As gorduras das dietas dividem-se em sub-unidades que são os ácidos graxos.

Os ácidos graxos linoleico e alfa-linolênico são essenciais para as aves, pois exercem papel específico no metabolismo (membrana celular e hormônios) e não podem ser sintetizados, precisam estar contidos na dieta, quer seja advindo dos ingredientes ou de gorduras adicionadas. A falta de ácidos graxos essenciais leva a perda da integridade das membranas, descamação da pele, diminuição da resistência a doenças e problemas reprodutivos nas aves. Os ácidos graxos totais são adicionados à dieta também para fornecerem energia, já que a concentração energética dos óleos e gorduras é alta.
Vitaminas 

Embora necessárias em pequenas quantidades são indispensáveis para suportar ou estimular reações químicas do metabolismo animal. A exigência de algumas pode ser suprida pela dieta normal, porém outras precisam ser suplementadas na dieta. As vitaminas são classificadas em solúveis em gordura (A, D, E e K ) e as solúveis em água (do grupo B e C). Os fatores que danificam as vitaminas são o ar, luz, calor, umidade e ácidos e precisam ser evitados para aumentar a estabilidade das vitaminas e (ou) das pré-misturas de vitaminas. Como regras gerais, manter as vitaminas ou pré-misturas em sala escura, fresca, seca e cujos estoques não sejam grandes para evitar envelhecimento do produto (não estocar por mais de 3 meses). O diagnóstico de deficiências vitamínicas não é tarefa fácil e sua prevenção é feita com o uso de pré-misturas vitamínicas. Um bom premix vitamínico conterá todas as vitaminas necessárias à adequada nutrição e sua inclusão dependerá da recomendação e dos custos entre as marcas comerciais, entendendo-se que todos fabricantes possam garantir a qualidade de seus produtos.
Minerais
Os minerais podem ser divididos em macro minerais por entrarem em maiores quantidades na dieta (Ca, P, K, Na, Cl e S) e os microminerais (Cu, Zn, Fe, Mn, I, Mo, Se, Cr). Todos tem exigências específicas pelo animal e suas funções estão relacionadas com a estrutura do animal, o metabolismo geral, a produção de enzimas e o envio de sinais entre diferentes células do organismo. Além das quantidades individuais de cada mineral, existem relações entre eles que devem ser observadas. Por exemplo o Ca e o P não fítico (disponível) devem apresentar relação de 2 a 2,2 : 1. Algumas vezes o desbalanço ou excesso de um dado mineral pode interferir na absorção de outro e ocasionar prejuízos na produção. Assim, águas com excesso de minerais ou o desbalanço eletrolítico da dieta devem ser prevenidos.

Pré-misturas vitamínicas e minerais 

Os micro-ingredientes são adicionados à ração através de pré-misturas (Premix) de minerais e de vitaminas. Os nutrientes que contém são essenciais ao desenvolvimento dos frangos e são, em geral, adicionados em quantidades menores do que 2 kg / tonelada de ração. Fazem parte as vitaminas, micro-minerais, minerais-traço, aminoácidos, antioxidantes, enzimas, anticoccidianas, antibióticos, flavorizantes, entre outros. Além da alta sensibilidade às condições ambientais, alguns desses produtos são usados em pequenas quantidades,o que pode implicar em falta de uniformidade dentro de uma formula de rações. Sendo o premix necessário na fabricação de rações ficam prejudicadas as rações que por qualquer razão não consigam ter todos os micro-ingredientes na mistura final. Os resultados disso poderão ser a perda de desempenho e o aumento na mortalidade. Não se recomenda a fabricação própria de premix vitamínicos e de minerais para produções familiares de frangos devido a dificuldade de manutenção de estoques atualizados de ingredientes, dificuldade de manipulação de pequenas quantidades, perda de potência de alguns produtos com as condições ambientais, maiores preços na compra de menores quantidades, falta de controle das matérias primas da pré-mistura e maior possibilidade de erro na mistura. Evidentemente que devem ser buscados fabricantes/fornecedores idôneos de pré-misturas minerais e vitamínicas, os quais, em geral, dispõem de assistência técnica especializada e fornecem serviços de análises laboratoriais para controle de qualidade das rações.

Qualidade de ingredientes 

Entre vários pontos críticos da formulação e fabricação de rações está a qualidade dos ingredientes. Um dos itens mais importantes na qualidade dos ingredientes está relacionado com a presença ou não de micotoxinas na ração. As micotoxinas mais comuns são a aflatoxina, fumonisina, zerealenona, vomitoxina e ocratoxina. As aves são mais sensíveis às duas primeiras toxinas. Os elementos básicos para formação da toxina são o substrato (ex. milho), umidade, oxigênio, tempo e temperatura. O problema será mais ou menos severo, na dependência da presença dos fatores citados, durante as fases de pré-colheita e(ou) armazenagem dos cereais e grãos. O milho, por ser o cereal de maior percentual de uso, precisa de atenção especial, visto que são comuns os casos de presença de aflatoxina no milho. As aves de maior idade são mais resistentes que as jovens, mas os sintomas em frangos de corte podem estar relacionados com má conversão dos alimentos, pesos corporais mais baixos, menor proteção imunológica o que resulta em maior mortalidade, menor pigmentação (palidez) nas aves abatidas e maior presença de hemorragias subcutâneas e intramusculares, bem como, aumento de fraturas ósseas.

Consegue-se prevenir a micotoxicose nos animais pela utilização de cereais de qualidade, cuja umidade do grãos não seja superior a 14%, pois níveis mais altos estimulam a presença de fungos. Deve-se inspecionar o silo para possíveis entradas de umidade e repará-las, caso existam. Os silos de armazenagem devem ser limpos e não conter poeira de partidas anteriores. É necessário um programa de controle de insetos e roedores que danificam os grãos e abrem porta de entrada para os fungos se multiplicarem. Recomenda-se que o milho não seja dobrado e mantido na lavoura conforme é tradição de certas regiões de minifúndio. Milhos com esse procedimento de armazenagem são de qualidade inferior àquele devidamente colhido, seco e armazenado em silos. Em caso da existência de grãos contaminados com micotoxinas essa não deverá ser maior do que 20 ppb para a aflatoxina, 500 ppb para a zerealenona ou vomitoxina e 5 ppm para a fumonisina. Apoio técnico especializado é recomendado nessas ocasiões visando fortificar e incluir antifúngicos na ração.

Fabricação de rações

As especificações das rações para os frangos dependerá de algumas condições que serão estabelecidas a priori. Entre essas, estão a exigência de nutrientes do animal de acordo com o peso desejado para o abate; a idade em que se pretende alcançar o peso; a separação dos lotes por sexos; a disponibilidade, qualidade e preços dos ingredientes e o mercado ao qual se destinam os animais. É necessário que os ingredientes a serem utilizados na fabricação, sejam de boa qualidade e que atendam os padrões mínimos estabelecidos pelo Ministério da Agricultura. Sempre que possível, os ingredientes devem ser analisados laboratorialmente, ou consultadas as tabelas de composição de alimentos para efetuar o cálculo das fórmulas das rações. As rações produzidas industrialmente pelas integrações e fábricas de rações independentes registradas no Ministério da Agricultura, atendem as especificações legais e técnicas, sendo de pronto uso, sem necessidade de remisturá-las com outros ingredientes. Entretanto, em algumas regiões ou nichos de mercado, o produtor poderá fazer sua própria ração comprando o núcleo mineral-vitamínico ou o concentrado protéico. Nesse caso, será importante manter a qualidade no processo de fabricação das rações na propriedade, sob pena de inviabilizar a exploração dessa atividade, caso não siga rigorosamente as recomendações técnicas. Sempre que o produtor não dispuser de conhecimento sobre formulação e preparo de rações, deverá necessariamente buscar a orientação com nutricionistas do setor de avicultura. Além disso, é importante ter em conta que existem alguns pontos criticos no processo de fabricação de rações na propriedade, os quais devem ser considerados dentro das normas de boas práticas de fabricação (BPF) de rações.

Alimentação por fases produtivas 

A alimentação dos frangos deve ser balanceada para cada fase, para a qual é pretendida uma dada dieta, visando atender as necessidades para o crescimento rápido, seguro e saudável. As fases são estabelecidas de acordo com a curva de crescimento do frango, dividindo a sua vida em períodos (abaixo) e cuja exigência de nutrientes é variável, em função de vários fatores (sexo, fase produtiva, temperatura ambiental). Uma generalização, que não deverá atender a todas as situações, mas que pode exemplificar uma dieta geral para as fases é a apresentada nas Tabelas 2 e 3.
Pré-inicial: de 1 a 7 dias inicial: de 8 a 21 dias crescimento: de 22 a 35 ou 42 dias final: de 36 a 42 ou 43 a 49 dias

Necessidades para a fabricação de rações

O processo de fabricação de rações, além do conhecimento da área, implica em ter à disposição a estrutura para tal e entre alguns itens destacam-se as seguintes necessidades: espaço útil na área da fábrica de rações para instalar silos graneleiros, visando a estocagem de cereais; sala de estoque de drogas, aditivos, vitaminas e minerais, a qual sirva também para pesagens de ingredientes que são usados em menores quantidades (abaixo de 10 kg); balança c/ capacidade de pesagem de 10 kg e sensibilidade de 1 g; balança de 200 kg ou mais, com sensibilidade de 20 g, para pesagem de cereais; moinho de martelos com motor adequado à trituração de cereais; misturador de ração horizontal ou vertical de capacidade condizente com a necessidade da produção; roscas sem-fim para transporte até a carreta e desta para os silos à granel localizados junto ao aviário. 

O processo de produção de rações 

Alguns fatores levam a necessidade de processamento de ingredientes e de rações, os quais, podem melhorar a digestibilidade das rações. Entre os processos mais utilizados, destacam-se: a peletização e extrusão, a separação de cascas de ingredientes, a detoxificação (tratamento térmico), a preservação (secagem de grãos) e uniformidade de partículas (moagem e peletização). Em frangos a moagem é importante para homogeneidade da mistura e, entre outros aspectos, também o correto tamanho de partículas promove a economia de energia da trituração dos cereais. Tamanhos de partículas de milho entre 750 e 1000 mm ficam na faixa recomendada, sendo esse valor facilmente mensurado através do granulômetro. A mistura dos ingredientes triturados é essencial no processo e os equipamentos existentes apresentam tempo variável de mistura, situando-se entre 5 e 15 minutos na dependência principalmente do tipo (vertical ou horizontais) e das roscas helicoides. A mistura adequada dos ingredientes da ração é passo fundamental e precisa ser avaliada periodicamente. Existem publicações da Embrapa que indicam procedimentos sobre testes da qualidade de mistura. A peletização embora muito desejável no processamento, pois pode proporcionar melhoria da eficiência alimentar maior que 5%, dificilmente será realizada por produtores devido ao alto investimento em equipamentos, a menos que esses se associem para a fabricação de rações.

Exigências dos frangos 


Tabela 2. Especificações das exigências dos frangos de acordo com a idade em porcentagens ou quando diferente, especificado na variável.(pela ordem:pré-inicial,inicial,crescimento e terminação)
FasesPré-inicialInicialCrescimentoFinal/Retirada*
Idade, dias
1 a 7
8 a 21
22 a 35 ou
22 a 42
35 a 42 ou
42 a 49
Proteína
21
20
18
18
EM, kcal/Kg
3.000
3.100
3.200
3.200
Cálcio
0,99
0,94
0,85
0,85
P disponível
0,47
0,44
0,42
0,42
Sódio
0,22
0,22
0,20
0,20
Lisina digstível
1,18
1,16
1,05
1,05
Met +Cis digstível
0,83
0,82
0,74
0,74
Treonina digestível
0,74
0,73
0,68
0,68
Triptofano digestível
0,19
0,19
0,18
0,18
Premix mineralico, vitamínico e aditivos*
+
+
+
*
* As vitaminas, microminerais e aditivos serão incluídos na forma de pré-mistura em quantidades variáveis conforme o fabricante. Salienta-se que a dieta final ou de retirada, não deve conter drogas de nenhuma categoria. O uso de aditivos pode ser feito com prudência e respeitando as quantidades recomendadas pelos fabricantes e expressas no rótulo das embalagens. São preferidos os promotores de crescimento Gram +, desde que aprovados pelo Ministério da Agricultura. Os antimicrobianos Gram – podem ser usados, se prescritos por Médico Veterinário e, respeitando o limite de retirada do produto antes do abate. Nunca devem ser usados Cloranfenicol, Ácido 3-Nitro e Nitrofuranos, pois não são permitidos pelo Ministério da Agricultura.


Tabela 3. Exemplo de fórmulas com base nos ingredientes milho e farelo de soja para atender as diferentes fases de produção.
pre-inicial,inicial,crescimento e terminação
IngredientesPré-inicialInicialCrescimentoFinal/Retirada*
 
1 a 7
8 a 21
22 a 35 ou, 22 a 42
35 a 42 ou, 42 a 49
Milho
55,58
54,70
57,82
57,93
Fosfato bicálcico
1,98
1,83
1,74
1,74
Farelo de soja
37,10
36,62
32,90
32,88
Óleo de soja
2,75
4,35
5,39
5,37
Calcáreo
1,33
1,29
1,11
1,11
Sal
0,51
0,51
0,46
0,46
L-Lisina HCI
0,16
0,15
0,12
0,12
DL-Metionina
0,23
0,22
0,18
0,18
Premix mineral
0,05
0,05
0,05
0,05
Premix vitamínico
0,13
0,12
0,10
0,10
Clor. Colina (70%)
0,11
0,09
0,06
0,06
Avilamicina
0,01
0,01
0,01
-
Monensina
0,06
0,06
0,06
-
Total
100,00
100,00
100,00
100,00
Composição nutricional calculada
Proteína
21,89
21,58
20,00
20,00
Energia (EM), kcal/kg
3.000
3.100
3.200
3.200
Cálcio
0,99
0,94
0,85
0,85
Fósforo disponível
0,47
0,44
0,42
0,42
Fibra
2,81
2,77
2,66
2,66
Sódio
0,22
0,22
0,20
0,20
Lisina digstível
1,18
1,16
1,05
1,05
Met + Cis digstível
0,83
0,82
0,74
,074
Treonina digestível
0,74
0,73
0,68
0,68
Triptofano, digestível
0,21
0,21
0,19
0,19

Ingredientes alternativos/cereais 


Na Tabela 3 há indicação de algumas fórmulas que usam o milho e o farelo de soja como ingredientes básicos. O mercado de insumos apresenta peculiaridades de preços que podem ser conjunturais, estacionais ou localizados em uma dada região. Os ingredientes considerados alternativos", muitas vezes, acabam tendo um custo maior do que o milho e o farelo de soja. Assim, características como concentração de nutrientes e seu valor econômico tem que ser levadas em consideração toda vez que se pensar em comprar ingredientes. Quando o milho e farelo de soja aumentam de preço e (ou) tornam-se escassos ficam mais viáveis as dietas com ingredientes alternativos, mas devido as políticas agrícolas do país a disponibilidade de ingredientes alternativos é em geral baixa.

Um ponto importante a considerar na busca de ingredientes alternativos é que ao se aumentar a demanda dos mesmos tendem a aumentar de preço no mercado e aí passam a perder a vantagem diferencial, que teriam pela falta ou aumento de preço dos ingredientes tradicionais (soja e milho). Por isso, sempre que se considerar a alternativa de ingredientes devemos estar atentos a disponibilidade comercial, qualidade e preços relativos aos ingredientes tradicionais, buscando a vantagem no preço, sem nunca desconsiderar a qualidade.



sorgo é um cereal cuja disponibilidade comercial não é alta, mas que apresenta excelente possibilidade de uso na alimentação, desde que incluídos ingredientes com pigmentos carotenóides ou xantofilicos, já que o sorgo diminui a pigmentação da pele quando de seu uso. Algumas variedades de sorgo podem conter tanino, o qual é indesejável para rações. O sorgo poderá conter menos energia metabolizável que o milho e seu preço não deve ser superior ao do milho e a menos de 90 % deste poderá ser vantajoso na substituição parcial do milho. As farinhas animais de outras espécies não aviárias, devidamente processadas e de boa qualidade (nutricional e sanitária), podem ser alternativa proteica e fosfórica importante para diminuir o custo de alimentação. A diminuição do custo de produção das rações oscila entre 5 e 12% quando os preços do farelo de soja e milho estão com preços altos no mercado. Análises devem ser solicitadas visando a garantia de qualidade (negativo para salmonela, putrefação, sem rancificação, digestibilidade, etc.).


Água

Um nutriente freqüentemente esquecido; porém, deve ser considerada como tal na alimentação dos frangos. Em qualquer fase da criação deverá ser abundante, limpa, sem contaminantes, fresca com temperatura em torno de 22°C. A água entra no organismo através de três caminhos: como bebida, pelos alimentos e via oxidação metabólica. O consumo da água de bebida depende de vários fatores como idade, sal e proteína da dieta, temperatura ambiental e tipo de ração. Um valor médio a considerar para o consumo é de 2 a 3 litros de água por quilo de ração consumida como um valor de referência na criação de frangos. Na Tabela 1 mostra-se alguns valores estimados para consumo diário de água. É importante anotar o consumo diário de água, pois uma flutuação repentina no consumo, pode indicar o início de problema. Por isso, instalar um registro de consumo de água na tubulação de acesso às instalações. A salinidade da água medida em sólidos totais (ST) dissolvidos, idealmente conterá menos do que 1000 mg de ST / litro e no máximo deverá conter 3000 mg de ST / litro. Sempre que houver presença de coliformes fecais em qualquer número efetuar o tratamento com 0,3 g de cloro (hipoclorito de sódio) por mil litros d'água. 

Tabela 1. Estimativa de consumo diário de água em ml por frango/lt 12000frangos, da primeira à oitava semana

Semanaml / dia / frangoI / dia / 12.000 frangos
132384
269 828
3104 1248
4143 1716
5179 2149
62142568
72503000
8286 3432

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O Chico Bento cresceu e foi estudar agronomia


       


Assim como todos os outros personagens da Turma da Mônica, Chico Bento, o caipira, também entrou em uma nova fase. Agora, o personagem passou no vestibular e vai cursar Agronomia na renomada Esalq - Escola Superior Luis de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Usp), em Piracicaba (SP). A jornada de Chico estreou nas bancas em maio. 


         A revista se chama “Chico Bento Moço” e na trama, o personagem tem 18 anos. Para elaborar as histórias, o cartunista, “pai” do personagem, Mauricio de Sousa, reuniu-se com pelo menos dez alunos e o coordenador do curso de agronomia. 

         De acordo com o grupo de alunos, Souza queria ouvir histórias e saber como era o dia a dia da universidade para começar criar as histórias de Chico. 

         Em nota, a assessoria de imprensa da Esalq/Usp disse que o cartunista não quis tirar o Chico Bento do mundo rural e, quando ele decide prestar vestibular, opta pelo curso de agronomia e viverá tudo o que os alunos reais do curso vivem. 

         "Essa (a agronomia) é uma das profissões responsáveis pelo sucesso do Brasil como uma das potências econômicas emergentes e o Chico Bento, mesmo continuando a ser um personagem divertido, terá que contribuir, como esses alunos, para a construção de um futuro mais limpo", disse Mauricio de Sousa, durante a visita à instituição. 

         "Os alunos apontaram os aspectos importantes que um estudante de agronomia tem atualmente, como comprometimento com a sustentabilidade", afirmou o coordenador do curso de agronomia da Esalq, José Otávio Machado Menten. 

Fonte: Globo Rural On-Line

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